CD - A Desordem dos Templários - Guilherme Arantes
Formato Digipack - Embalagem de Luxo
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Guilherme Arantes, paulistano, 68 anos de idade, 45 anos de carreira, com 27 álbuns lançados, 21 álbuns de inéditas, lança um novo álbum, “A Desordem dos Templários”, em mídias digitais, em CD (digipack) e também, em cartão USB contendo áudios em resolução de estúdio (48 Khz/24 bits) e os vídeos de “making-off” das gravações pontuados com imagens ilustrativas inspiradas nas letras.
O álbum contém 10 faixas inéditas, sendo 8 canções, um tema instrumental progressivo e, ainda, uma vinheta de sonoplastia conceitual. Como faixa-bônus no CD, há uma versão em inglês para a música “A Cordilheira” (Across the Abyss). O USB card traz ainda uma versão instrumental de A Cordilheira.
Em 2019 Guilherme viajou com Márcia para a Espanha, para uma temporada de estudos de música renascentista e barroca e, também, para um período de imersão em Literatura e História. A intenção original era uma reciclagem, com a retomada de estudos de Scarlatti, Handel, Couperin, Bach, clássicos do cravo. Sem nenhuma intenção de produzir material novo, era uma volta radical à estaca-zero na música. Com a chegada da pandemia na Europa, no início de 2020 essa temporada de reclusão se intensificou, restringindo-se a circulação pelo perímetro da província de Ávila, em Castilla & León, a norte de Madrid. O clima serrano, os costumes de cidade histórica interiorana foram propiciando novas inspirações melódicas, em letras reflexivas com forte teor emocional. Além do cotidiano peculiar da cidade, seus recantos, seus sons, silêncios e aromas, vários outros fatores contribuíam para um tom de retrospectiva do tempo e da própria vida, como se fossem as remotas férias prolongadas da infância e adolescência, longe de casa... Durante esse período, foram sendo adiadas as possibilidades de retornar ao Brasil, com a evolução da crise sanitária. Também se tornou um período de provações adicionais, por conta de uma cérvico-braquialgia incapacitante que acometeu Guilherme durante 8 meses em 2020, com algumas recidivas em 2021. Confinado em casa pelas restrições do Estado de Alarma na Espanha e, ainda muito prejudicado, em boa parte do ano, pelas limitações físicas e pela dor excruciante, Guilherme mergulhou profundamente na leitura e no fluxo poético, rapidamente enchendo um caderno de novas letras que se tornariam embrião de um novo ciclo, a partir desse período atípico da vida e do mundo. Também em 2020, D. Hebe, a mãe de Guilherme, sofreu um declínio rápido do seu estado de saúde, e acabou por falecer em Novembro, numa provação especial para o compositor, que no sofrimento da distância compulsória, acabou por compor uma música para que sua mãe escutasse nos seus últimos momentos de vida, uma experiência inédita, uma verdadeira comoção.
Com o repertório sendo construído em um pequeno estúdio doméstico, quando ficou claro que estava sendo criada uma nova coleção, uma nova safra, talvez um disco estivesse a caminho, Guilherme arregimentou a banda em São Paulo, para que elaborassem à distância as participações de bateria (Gabriel Martini), baixo (Willy Verdaguer), guitarras e violões (Luiz Sérgio Carlini e Alexandre Blanc) violinos (Cassio Poletto) e trompete (Luciano Melo) , bem como convidou o maestro Arthur Verocai para escrever o arranjo de cordas da música Estrela-Mãe. Tudo, obviamente, feito via internet, única fórmula possível em tempos de isolamento.
Envolto nas névoas de um clima onírico, é um álbum impregnado de tons medievais, renascentistas e barrocos, misturando à balada pop tradicional do compositor os elementos fundamentais de uma “concepção musical brasileira”, como o lundu, a valsa, a modinha, a bossa nova, a toada ternária mineira e até o baião,... O título do álbum, é um delírio influenciado pelo “realismo fantástico”, pano de fundo da cultura reminiscente de uma mocidade vivida em tempos de rock progressivo, viajeiro, com elementos da cultura armorial, do cordel, trazendo -através de um olhar ibérico- um resgate sonoro de algumas mitologias ancestrais do povo brasileiro. Pela primeira vez, na música-título do álbum, Guilherme se aventura pelo que denomina “um manifesto progressivo-cangaceiro” diante da truculência e impunidade normalizadas no nosso mundo, a “guerra de narrativas”: uma nova Idade Média na barbárie das redes sociais. É uma alegoria ao estado de catatonia desta nossa humanidade frente ao “Códice Dual”, a estrutura binária do pensamento, um permanente conflito armado no coração humano. Um constante estado de beligerância instalado na alma, que determina, no mundo exterior, no espaço-tempo da Ágora, o caos que conduz as sociedades à aniquilação e precisará ser superado para a sobrevivência da civilização humana. Mesmo as músicas amorosas desse disco vêm, através de sonhos em madrugadas delirantes, revisitar outras épocas remotas, como se o tempo estivesse fluido e incontrolável, numa temporada tão apartada do “espaço-tempo” real.
Na impossibilidade de contar com os instrumentos no estúdio da Bahia, especialmente o piano de cauda, Guilherme alugou a Sala Sinfônica do Centro de Exposições e Congressos Lienzo Norte, em Ávila, com um piano Steinway “D” Hamburgo, e preparou as sessões de gravação, no palco de um auditório vazio, com as interpretações registradas também em vídeo para os “making-offs” desse momento único. Uma microfonação quadrafônica foi utilizada, com duplo padrão “Blumlein” para captar o som magnífico da sala de concertos, toda revestida em madeira de lei, considerada uma das melhores acústicas da Europa.
A capa do álbum é um trabalho do professor espanhol de ilustração Daniel Miguez. A programação gráfica, uma curtição à parte para Guilherme, brinca com uma estrutura de “almanaque” e tipologias de xilogravura.
A mixagem foi feita por Moogie Canazio, em Woodland Hills, na California, onde também o álbum foi masterizado no Howie Weinberg Mastering Studio, por Howie Weinberg e Will Borza.
Loja Oficial do artista Guilherme Arantes - Atendimento online de 2ª à 6ª feira - 09h00 as 17h30.
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